Amigos I

Figueira da Foz, 31 de  Dezembro de 1963. Com José Benardino Lampreia, amigo de sempre, dentro e fora da pista.


O Zé Lampreia ( um bocadinho mais velho do que eu) era um ídolo , pelas suas façanhas nas scooters e depois nos automóveis. Sabem que ele ganhou uma volta a Portugal numa Lambretta ? Tinha um MGA Twin-cam com uma pintura extraordinária branca e verde, e parava pela Paulistana e Monte Carlo., quando os meus Pais me deram o MGA LC-59-01,em Dezembro de 1958. Aquilo andava pouco e , por influencia dos meus queridos primos Fernando e Octávio (nessa altura 300SL e Jaguar 3.4),fui "metralhá-lo" ao Palma & Morgado. Ficou uma "bomba", e desde aí ,o meu desejo era encontrar-me com o Zé Lampreia na estrada para tirar teimas (ainda não conhecia o rapaz pessoalmente ! ). Felizmente isso nunca chegou a acontecer, pois teria levado um grande "banho", não pelos carros, que o meu andava mais como adiante se verá, mas pelas "mãos" e bracinho maroto do grande Lampreia.
Entretanto o Zé vendeu o MGA e comprou um Mercedes 300SL, com o qual continuou a fazer provas com grande sucesso. Porém, no dia em que ele o vendeu , eu passei pela pastelaria Ritz e vejo arrumado à porta o famoso twin-cam branco e verde. Aí está, pensei eu, vou conhecer o famoso Lampreia, mas apareceu o Alexandre Maldonado (que será feito dele?) que tinha acabado de comprar o carro.
Conversa puxa conversa, se calhar o meu anda mais, não pode ser, este é twin-cam, vamos tirar teimas.
Para onde? Arrancámos com os 2 MGs, mais a rapaziada que estava na esplanada a beber a "bica", para o inicio do viaduto Duarte Pacheco, ganhava quem chegasse primeiro lá acima , sob a ponte. (não se espantem os mais novos , naqueles tempos isto era possivel! )
Carros parados, o Zi com um lenço branco na nossa frente, carrego na embraiagem, meto a primeira, seguro com o travão de mão, 4000 RPM, cai o lenço, largo a embraiagem , sinto as rodas a patinar um pouco , saí muito bem.Passo as 7000 ( o carro desfazia-se em rotações, o vermelho creio que era às 6000) e, sem carregar na embraiagem, meto a segunda, ganhando ai 2 metros de avanço. Depois esgoto a segunda para lá das 7000 e meto a terceira da mesma maneira, nessa altura já com o twin cam para trás , ganhando destacado esta grande "corrida". Foi dos dias felizes da minha vida , que devo ao Augusto Palma o qual preparou muito bem aquele motor, um 1500cc.

4 comentários:

Anónimo disse...

O Zé Lampreia ( um bocadinho mais velho do que eu) era um idolo,pelas suas façanhas nas scooters e depois nos automoveis.Sabem que ele ganhou uma volta a Portugal numa Lambretta ?
Tinha um MGA Twin-cam com uma pintura extraordinária branca e verde, e parava pela Paulistana e Monte Carlo.,quando os meus Pais me deram o MGA Lc-59-01,em Dezembro de 1958. Aquilo andava pouco,e , por influencia dos meus queridos primos Fernando e Octávio (nessa altura 300SL e Jaguar 3.4),fui "metralhá-lo" aoPalma & Morgado. Ficou uma "bomba",e desde ai ,o meu desejo era encontrar-me com o Zé Lampreia na estrada,para tirar teimas (ainda não conhecia o rapaz pessoalmente ! ).
Felizmente isso nunca chegou a acontecer,pois teria levado um grande "banho",não pelos carros,que o meu andava mais como adiante se verá mas pelas "mãos" e bracinho maroto do grande Lampreia.
A história continua já a seguir

Abraços do Carlos Duarte Ferreira

Anónimo disse...

Entretanto o Zé vendeu o MGA e comprou um Mercedes 300SL,com o qual continuou a fazer provas com grande sucesso. Porem, no dia em que ele o vendeu , eu passo pela pastelaria Ritz e vejo arrumado à porta o famoso twin-cam branco e verde. Ai está, pensei eu, vou conhecer o famoso Lampreia,mas aparece o Alexandre Maldonado (que será feito dele?) que tinha acabado de comprar o carro.
Conversa puxa conversa,se calhar o meu anda mais, não pode ser,este é twin-cam,vamos tirar teimas.
Para onde? Arrancámos com os 2 MGs,mais a rapaziada que estava na esplanada a beber a "bica",para o inicio do viaduto Duarte Pacheco,ganhava quem chegasse primeiro lá acima ,sob a ponte. (não se espantem os mais novos ,

naqueles tempos isto era possivel! )
Carros parados,o Zi com um lenço branco na nossa frente,carrego na embraiagem,meto a primeira,seguro com o travão de mão, 4000 RPM,cai o lenço,largo a embraiagem ,sinto as rodas a patinar um pouco ,sai muito bem.
Passo as 7000( o carro desfazia-se em rotações,o vermelho creio que era às 6000) e, sem carregar na embraiagem, meto a segunda,ganhando ai 2 metros de avanço. Depois esgoto a segunda para lá das7000 e meto a terceira da mesma maneira,nessa altura já com o twin cam para trás , ganhando destacado esta grande "corrida". Foi dos dias felizes da minha vida ,que devo ao Augusto Palma o qual preparou muito bem aquele motor,um1500.
A história continua já a seguir

Abraços do Carlos Duarte Ferreira

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Anónimo disse...

Finalmente,vendidos os MGs,conheci o Zé já com a Alfa,depois do desastre brutal onde um camião da tropa lhe destruiu o 300SL que ardeu completamente (creio que foi o Carlos Faustino,que vinha atrás,quem tirou o Zé do Mercedes,desmaiado com um traumatismo craniano)

Foi uma amizade para a vida,felizmente ainda cá estamos os dois, espero almoçar com ele na próxima sexta feira.
Muitas mais histórias temos em comum,dentro e fora das pistas (onde a minha vida foi modesta e curta).Algumas contarei mais tarde.

Abraços do Carlos Duarte Ferreira

Anónimo disse...

Nada melhor que as boas recordaçoes
O Josè Lampreia , foi das melhores
maos que Portugal teve ,como o Filipe
Nogueira guiavam depressa todos os
carros que lhes apareciam , penso que
em 5 minutos lhes descobriam as manhas , e o C D Ferreira teve a chance de ser actor com eles ,bravo.
Fiquei a aprender que o gira discos
nao saltava e esta.

Cump Luis